Eu gosto de viajar. E gosto de planejar a viagem. Não quer dizer que vou seguir estritamente o planejamento. Planejo pra ficar íntima. Gosto de ver imagens. Ler as impressões de quem já esteve nos lugares. Saber o nome das comidas. Os lugares que os turistas acham que só eles descobriram. Gosto de me informar sobre transporte público. Sobre feiras e mercados. Sobre a programação cultural. Assim, explorando antecipadamente, peguei ópera, concerto de piano, balé…
Eu leio muito blogs e relatos de viagem. Vejo fotos. Faço listas.
Em novembro vou, finalmente, viajar pela América do Sul, conhecer Montevidéu e Buenos Aires. Tem um arquivo de excel aberto na minha frente com 9 abas. Pois é. A primeira é um resumo da viagem, simples, dia a dia, apenas com a indicação de hospedagem, horário de vôos/ônibus e dias em viagem.
Depois tem a aba passeios com a lista de pontos de interesse, museus, parques, jardins, monumentos, etc. Tudo com preço, quando é o caso, dias e horários de visitas. A seguir as abas custo planejado e custo real. A primeira foi feita quando comecei a pensar na viagem, a partir de valores estimados pelo que eu lia e pesquisava. A segunda é resultado de todos os gastos que já fiz. Compro tudo que posso antecipado: ingresso no espetáculo de teatro, passagem de ônibus e barco para ir de Montevidéu a Colônia e de lá a Buenos Aires. Pagamos as hospedagens antecipadamente também.
Daí tem este roteirinho dia a dia (também faço mapinhas pra cada dia planejado):
Tem mais uma aba com hospedagem (nome e endereço dos hotéis/pousadas/apartamentos de airbnb) e informações de deslocamento (número de vôos, horários, etc). A sétima aba é com “o que comer”, lista de comidas e restaurantes, todas as dicas gastronômicas que consigo recolher. As abas 8 e 9 são de links, uma aba sobre Montevidéu e outra sobre Buenos Aires. Aí também jogo todas as dicas e sugestões de amigos.
Isso porque nem contei ainda como escolho hospedagem. Primeiro me informo dos melhores bairros. A seguir faço o mapeamento dos pontos de ônibus, metrô e pontos turísticos da região. Aí começo a procura (claro, limitada pelo $$). Pego os endereços e passeio pelo google street view/google maps. Escolho vôos e deslocamentos diversos tentando chegar/partir dos lugares ainda em horário comercial para pegar transporte coletivo e/ou melhores preços de táxis.
Aplicativos: sim. Para Buenos Aires já baixei o “como llego” para orientar no deslocamento na cidade. Além do accuwehater, que me serve desde antes pra decidir que roupas colocar na mala. E mapinhas, adoro. Quando desço no aerporto saio logo procurando um balcão de turismo pra pegar mapinhas da cidade que vão fazer parte da Pasta. Com letra maiúscula porque nela vai tudo, tudo: passagens aéreas, passagens de ônibus e barco, entradas nos espetáculos, translados pagos quando é o caso, mapinhas, programação, endereços de hotéis e reservas, cópias de documento, seguro saúde e o que mais for papel necessário pra servir de âncora nos dias de viagem.
O que eu gostaria de ter e não tenho, pra ter uma viagem ainda melhor: uma câmera fotográfica boa ou um celular com uma boa câmera. Mas não vai ser dessa vez, chuiff.